sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ribeirão das Neves melhora no indíce de homicídios de jovens no Brasil

Três adolescentes a cada grupo de mil morrem no país antes de completar 19 anos, revela o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). A taxa cresceu 14% de 2009 para 2010. A estimativa, se não houver queda no índice nos próximos anos, é que 36.735 jovens de 12 a 18 anos sejam mortos, possivelmente por arma de fogo, até 2016.

Calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o IHA passou de 2,61 mortes por grupo de mil jovens para 2,98. Os dados, referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes, foram divulgados nesta quinta-feira(13) pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas, no Rio. Com base em indicadores do Ministério da Saúde de 2010, o LAV constatou que o homicídio é a principal causa de morte dos adolescentes e equivale a 45,2% do total de óbitos nessa faixa etária. Na população geral, as mortes por homicídios representam 5,1% dos casos.

O dado inclui mortes em conflito com a polícia, conhecidas como auto de resistência. Alguns fatores, como gênero e raça, aumentam a possibilidade de um jovem ser morto. Em 2010, a chance de um adolescente do sexo masculino ser assassinado era 11,5 vezes maior que a de jovens do sexo feminino. Se o indivíduo for preto ou pardo, a possibilidade aumenta quase três vezes em relação ao branco.

Realizado em 283 municípios com mais de 100 mil habitantes, a média de análise é de 2 homicídios entre cada 1.000 adolescente, 20 municípios estão com este número acima, igual ou maior a 5.  Em 2006, Ribeirão das Neves apareceu na 20ª colocação, com indíce de IHA (Indíce de homicídios na adolescência) igual a 5,0 e o número de mortes esperadas pela cidade de 241 adolescentes. Em 2009, esse indíce caiu para 3,39 e número de mortes esperadas para 159 jovens. Já em 2010, último ano da pesquisa, o indíce voltou a cair, agora para 3,09, com número de mortes esperadas para 120 jovens, conforme o estudo.

Para reduzir o índice de assassinatos de adolescentes, são necessárias medidas de combate à violência letal, inclusive com controle de armas de fogo e munição, sugere o levantamento. A probabilidade de um jovem ser morto com revólver ou pistola é seis vezes maior do que a de ser morto por qualquer outro meio.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Uma polícia para ricos e outra para pobres em Belo Horizonte


A classe social determina o tipo de atendimento que a pessoa vai receber da polícia. A afirmação parte de especialistas em segurança pública e da população, que percebe a diferença na abordagem nos aglomerados e em regiões nobres da capital.
É também uma das conclusões de uma tese de doutorado feita por um professor que acompanhou, dentro e fora das viaturas, o trabalho da polícia por mais de um ano. “Os policiais veem isso de forma natural”, afirma Lúcio Alves de Barros, doutor em ciências humanas pela UFMG. Para ele, os “homens da lei” refletem um comportamento da sociedade. “A diferença é que a polícia tem poder e chega a bater e a matar”.
Estereótipo
Durante o trabalho de campo, Barros presenciou e até reproduziu essa diferenciação. “Depois de algum tempo acompanhando os policiais, passei a olhar as pessoas da mesma forma que eles, pensando em quais seriam abordadas ou não de acordo com o estereótipo do criminoso: negro, pobre e jovem”. A discriminação também existe na forma de tratar os envolvidos e na dedicação do policial para resolver o problema.
“Os moradores de aglomerados estão acostumados com policiais portando armas pesadas, fazendo abordagens constantes e levantando suspeitas infundadas. Isso não ocorre na zona sul, onde as pessoas com certeza vão reclamar e denunciar o excesso”, diz o professor.
Na pele
O vendedor Wanderson Calixto dos Santos, de 34 anos, morador da região de Venda Nova, sentiu na pele a diferença. “Apanhei durante uma abordagem policial, sem motivo. Não fazem isso com rico. Com pobre, o tratamento é outro. E pagamos os mesmos impostos”.
Em defesa do interesse e do patrimônio das elites
Nos bairros nobres, os moradores não reclamam da abordagem policial porque, ali, isso não é uma realidade. “Ninguém é parado na rua e nunca vi policiais portando armas ostensivamente”, diz a médica Elizabete Godinho. Ela vive no Belvedere, na zona Sul de BH. A disparidade nas abordagens é percebida, porém, em ocorrências diárias.
Juiz
No mês passado, dezenas de viaturas foram à casa de um juiz após o imóvel ser arrombado. O caso do comerciante do Belvedere baleado durante um assalto está sob os cuidados do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil. “A justificativa para isso é, claramente, interesses políticos e econômicos. A polícia deveria manter a segurança de toda a população, mas prioriza ações para defender a elite”, afirma Robson Sávio, professor da PUC Minas e especialista em segurança pública.
Delegados do Deoesp informaram investigar o caso no Belvedere “por determinação da chefia”. Normalmente, um episódio assim iria para a delegacia da região onde aconteceu.
A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que a orientação aos policiais é dar “atendimento igualitário a todos os cidadãos”.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Brasil é o país com maior número 
de homicídios do mundo

O Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios do mundo. Em números proporcionais, também ocupa as primeiras posições do ranking. A conclusão é de uma pesquisa revelada esta semana pela Enasp (Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública), uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Ministério da Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
De acordo com parâmetros internacionais, se considera que um país sofre violência endêmica a partir de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. No Brasil, a média é de 26 assassinatos por 100 mil. Em alguns estados, o índice chega a alarmantes 60 homicídios por 100 mil pessoas.
Os homicídios se alastram e com eles a impunidade, concluiu também a pesquisa. Dos 92 mil inquéritos concluídos pelas polícias do país até 2007, apenas 6% das pessoas apontadas como responsáveis pelas mortes foram levadas ao banco dos réus.
Os dados sobre homicídios dolosos (com intenção de matar) fazem parte da chamada Meta 2 da Enasp, cujo objetivo era concluir, em abril deste ano, todos os inquéritos sobre assassinatos instaurados nas delegacias do país até 31 de dezembro de 2007. No entanto, apenas 32% da meta foi atingida.
Outra revelação assustadora da pesquisa aponta que de quase 135 mil inquéritos que investigaram homicídios dolosos até o final de 2007, apenas 43 mil foram concluídos. Dos concluídos, pouco mais de 8 mil (19%) se transformaram em denúncias. O país manda para o arquivo mais de 80% desses inquéritos.
De acordo com a conselheira do CNMP Taís Ferraz, os principais motivos para o arquivamento são o não esclarecimento do crime, a prescrição e o fato de os responsáveis pelos assassinatos, apesar de identificados, já estarem mortos. "Muitos inquéritos incluídos na meta sequer tinham o laudo de exame cadavérico feito", afirmou Taís Ferraz.
As causas para a baixa solução de inquéritos são diversas e demandam uma ação conjunta dos três poderes para a sua solução. De acordo com o levantamento, 12 estados brasileiros não aumentam o quadro da Polícia Civil há mais de 10 anos. Outros oito estados não preenchem os cargos vagos da Polícia. Em 14 estados, há carência de equipamentos periciais e, em 15 unidades da Federação, as delegacias não têm estrutura adequada de trabalho. Em cinco estados, não possuem sequer acesso à internet.
Para fazer o trabalho da Meta 2, a equipe se deparou com problemas triviais, como a falta de aparato tecnológico para racionalizar o trabalho. Em muitos casos, houve a contagem manual dos inquéritos parados em delegacias e até a conclusão do levantamento, muitos estados ainda enviavam informações para atualiza os números.
O Rio de Janeiro, com 47.177 inquéritos, o Espírito Santo, com 16.148, e Minas Gerais, com 12.032, foram os Estados que apresentaram maior estoque de inquéritos sem conclusão. Amapá, Acre e Piauí, com 46, 143 e 161, respectivamente, apresentaram menor acúmulo de inquéritos compreendidos na Meta 2.
A meta seria considerada cumprida quando os estados conseguissem finalizar, pelo menos, 90% dos inquéritos abertos até 31 de dezembro de 2007. Seis estados conseguiram atingir o objetivo: Acre (100%), Roraima (99%), Piauí (98%), Maranhão (97%), Rondônia (94%) e Mato Grosso do Sul (90%).
Os estados com pior desempenho na execução da Meta 2 foram Minas Gerais (3,24%), Goiás (8,09%), Paraíba (8,83%), Espírito Santo (14%) e Alagoas (15%). O relatório analisa a situação dos estados a partir de conjunto de indicadores levantados na execução da Meta 2, incluindo propostas de monitoramento e de medidas para melhorar o desempenho.
A maior concentração de inquéritos sobre homicídios dolosos não finalizados foi identificada na região Sudeste, com 76.780 (57% do total). A menor concentração de investigações paradas estava na região Norte, com 5.400 inquéritos abertos até o fim de 2007 e ainda sem conclusão (4% do total).
O maior estoque e investigações inconclusas foi verificado no Rio de Janeiro, com 47 mil inquéritos sem finalização. Ou seja, mais de um terço de todos os inquéritos do país.
Na Meta 2, o estado que mais sucesso teve no trabalho foi o Pará, que alcançou o índice de 85% de denúncias apresentadas a partir de inquéritos abertos até o final de 2007. "São índices semelhantes aos de países como França e Reino Unido", afirmou a conselheira Taís Ferraz.
A Enasp tem cinco metas e os números apresentados nesta quarta-feira se referem apenas à Meta 2. As outras metas são eliminar a subnotificação de homicídios (Meta 1), trabalhar para que haja a pronúncia dos acusados (Meta 3), para que o julgamento ocorra (Meta 4) e o aperfeiçoamento de programas de proteção a testemunhas de vítimas (Meta 5).
Em outubro, o CNJ divulgará os números correspondentes às metas 3 e 4. O trabalho está sob a coordenação do conselheiro Bruno Dantas. Com a divulgação, será possível saber quantas das denúncias que são apresentadas chegam ao final, com a pronúncia dos réus e o julgamento dos casos.

sábado, 19 de maio de 2012

Devaneios de Túlio (Parte III)

O horror de que mentes virginais são tomadas ao se defrontarem pela primeira vez com o mundo da sexualidade. Freud é muito mais atual agora do que era em sua própria época. Uma sociedade onde plantando, todas dão, está livre da histeria. Claro. Não. E a histeria atinge até mesmo os homens, de egos e bolas de aço. Você não sabe o que é sexo. Você não tem a mínima ideia do que seja. Jamais entenderá o que possa vir a ser. Mas pratica (?). E o que a prática (?), dissociada de uma teoria científica e bem fundamentada, te torna? Em um charlatão. Claro. Então o horror das mentes virginais se espalha por todo território onde a penetração te causa dor. A palavra - seja ela qual for - te causa estranhamento. Mas você a conhece, apenas não consegue formar uma ligação muito clara em sua mente. E continua no desconhecimento do que é natural e salutar. Os comunistas marcharam, os gays marcharam, os maconheiros marcharam. E agora até as vadias estão marchando. O seu locus é muito apertado. E seu modus operandi não está molhado. Vai doer mesmo. Mas vão te penetrar.

Tulio Pareja

Devaneios de Túlio (Parte II)


Você não consegue se manter calado. Qualquer comentário feito ao alcance de seus ouvidos tem de ser complementado. Ou retrucado. Você é capaz de permear vários assuntos, desde os sugeridos em uma lanchonete aos do filme do Godard. Você é doente.
SÍNDROME DA EJACULAÇÃO VERBORRÁGICA PRECOCE.

Mais de 70% da população mundial é acometida por esse transtorno. Os outro indivíduos ou são mudos, ou você não dá valor o suficiente pra dar ouvido ao que eles falam.
Eu. Você. Sua mãe. Sua mãe. E até mesmo aquela adolescente de seios duros como diamante e pontiagudos, como a agulha de uma bússola que aponta para o paraíso. Nenhum de nós consegue manter a língua por detrás dos dentes. Uma frase alheia e pronto: você tem que falar, você tem que se exprimir, sua garganta não contém as letras em ebulição.

Então, numa torrente de gozos silábicos e prazeres verbais, as palavras surgem.

E, normalmente, você fala besteira.
Diz o que não sabe. Inventa, mente e cria estripulias. Faz papel de bobo. Retardado. Digno de dó. Doente.

O que mais, acadêmica e clinicamente, é sabido sobre tal transtorno? Eu não sei.
Eu não sei de nada. Assim como você. Eu apenas fiz o que fiz. Passeei de modo raso pelo tema.

Todas as manhãs, masturbo um pouco minhas cordas vocais cantarolando alguma música do Wando. Me ajuda a aliviar o tesão em verbalizar à todo momento. O que você pode fazer, eu não sei. Não me importo. Esse texto é só pra dizer. E diz.



Tulio Pareja

Devaneios de Túlio (Parte I)

Ninguém é burro por opção. mas porque você diz isso, Túlio?

***spoiler***
eu posso estar redondamente enganado, posso ser um imbecil e posso estar sob o efeito de alucinógenos enquanto escrevo. mas tudo bem. você não vai saber a verdade nunca, e nem vai ler tudo até o final, mesmo.
***fim do spoiler***

no que se caracteriza a burrice? burrice é a falta de erudição e/ou conhecimento específico em alguma área ( em alguma área porque, enquanto ser sensciente, é impossível à alguém não dominar algum tema. mesmo o sujeito com um grau severo de debilidade cerebral sabe, no mínimo, o que lhe causa prazer; domina esse tema e não é burro nessa area.) bem como a falta de capacidade em agrupar logicamente as informações e ferramentas que dispõe em determinado momento para a resolução de um problema qualquer. ok, temos uma definição do tema. vamos prosseguir.

a criança nasce. e o único tema em que ela não é burra é conforto/desconforto. nem mesmo o prazer do debilitado mental ela conhece. sentiu fome, desconforto, ela chora. sentiu frio, outro desconforto, chora. calor, chora. e assim ela aprende um novo tema: quanto mais alto ela emitir um som, mais rápido resolverão seu problema. ela vai aprender temas enquanto seu ambiente permitir (note que ambiente é um termo institucionalizado e operacionalizado. ambiente é tudo aquilo que envolve e afeta o índividuo. familiares, amigos, governo, cidade e casa onde habita e até mesmo o que ele sente, pensa e até onde vai o limite de suas ideias. ou seja, tudo é ambiente. mas o todo é próprio de cada um).

chegamos ao salto da perereca. a luz na bunda do vagalume.
porque os ingleses tomam chá as 17 horas? será porque o chá é gostoso? será que porque é lei? será porque Deus mandou? eu não sei. eis aqui um limite meu. limite que eu posso romper digitando "tea 5 o'clock england" no google.
viu, Túlio? quando você não sabe, você procura saber. mas o favelado... desiste. nem a gente levando ele pro museu ele se interessa por arte renascentista e filmes do Godard.

Mas, como eu rompi o limite da ignorância?
primeiramente, eu obtive informações de que ingleses tomavam chá todo dia, às 5 da tarde. com mamãe, filmes, piadas... depois, aprendi mal e porcamente a língua britânica no colégio, que me permite pesquisar na língua pátria da informação que preciso obter. e, finalmente, tenho acesso ao Deus vivo, a internet.

Mas porque o favelado não consegue romper o limite da ignorância?
ele não tem acesso à informações básicas e primárias. a mamãe dele não sabe, é dificil ver filmes enquanto seus 8 irmãos - e você também - choram de fome, e piadas? quem tem senso de humor com fome?
depois ele não aprende inglês no colégio. ele não aprende nem mesmo o português. ele não pode pesquisar nem na própria língua pátria.
acesso à internet? o que é isso? não, zé, internet eu sei o que é. mas o que significa acesso? cê fala dificil demais, zin. você pode "entrar" na internet, garoto? uai, posso. é só nóis puxa o fio cá pra casa e eu faço umas correria por aí pra conseguir o computadô.

já dá pra perceber que o ambiente do garoto não é lá grandes coisas, né?
Túlio, ele pode ir à biblioteca e ler algum livro pra se informar.
não, não pode. não vão deixar ele entrar. e, se ele entrar, não vai ter a documentação necessária pra fazer a ficha de cadastro.
túlio, na escola dele tem uma biblioteca. com livros realmente bons? não, não tem.
túlio, ele pode ler jornal velho. pode, mas a parte de política ele não vai entender. a parte esportiva só tem figurinhas. arte ele não sabe o que é. e o resto é resto.
túlio, a escola leva ele pro museu. você entende de física quântica? nem eu. e qualquer manifestação artísitca é muito dificil pra ele entender. porque ele não tem conhecimentos prévios do tema. do mesmo modo que nós não sabemos nada de física quântica.
túlio, admito. ele está na merda. mas, puxa vida. se ele, ao completar 18 anos, fizer a escolha certa nas urnas, dentro de uma geração o filho dele não vai estar passando por essas dificuldades.
você acha mesmo que um sujeito que não sabe ler, aculturado, pouco instruído e (obviamente) nada erudito sabe quem é corrupto ou não? não, ele não sabe. o jornal é uma ferramenta inútil, assim com os livros e aquele engravatado no jornal das 8 que fala dificil à beça.
E, PRA PIORAR, OBRIGAM ESSE CARA À VOTAR! ESSE CARA QUE NÃO TEM CONDIÇÕES NEM DE PRONUNCIAR O PRÓPRIO NOME, TEM A RESPONSABILIDADE DE FAZER A ESCOLHA CERTA NA URNA.

há quem diga e defenda que as causas da pobreza e da miséria são endógenas.
a massa é cúmplice do sistema.

ESSA PORRA DESSE CARA É CÚMPLICE DO SISTEMA?
E essa porra desse cara corresponde à 70 da população do Brasil. E o político corrupto só precisa de 51% de aprovação pra virar presidente. peraí... 70%, o outro só precisa de 51%. uai, então é por isso que obrigam o cara a votar?
QUE MERDA DE CÚMPLICE É ESSE QUE É OBRIGADO A FAZER SEXO ANAL PASSIVAMENTE, SENÃO PERDE OS POUCOS DIREITOS QUE AINDA TEM ENQUANTO CIDADÃO?
Cúmplice? Falam isso sério? Cúmplice?

Perá lá, túlio. perá lá.
tudo bem, entendo que o favelado lá não aprendeu a aprender e não aprendeu onde e como procurar ajuda.
e os outros 30% que estudaram, mamãe deu carinho, se alimentam direitinho, papai paga a faculdade e mesmo assim eles escrevem errado e votam no corrupto?
eu não sei. não tenho resposta pra tudo. de repente eles são burros mesmo.
ou o sistema educacional brasileiro está tão defasado que nem mesmo os que tem condições de pagar estão recebendo a devida educação. e essa é uma opção muito válida.



Tulio Pareja

terça-feira, 8 de maio de 2012

Movimentos sociais e as lutas de outrora

Há muitos anos não se vê no Brasil, grupos de lutas coesos, movimentos sociais que lutem por interesses coletivos e que vão para rua exigir mudanças. Tenhamos como exemplos, desde o período colonial, como Zumbi, Carlos Prestes ou Marighela, que lideravam movimentos com esse intuito. Mais recentemente, toda a luta exercida pela UNE (União Nacional dos Estudantes), contra o regime militar, talvez essa tenha sido a última luta veemente que tenhamos visto. De lá para cá, o que se vê é uma visão mais individualista de mundo, cada um corre atrás do seu e o outro que corra também, não há uma visão altruísta e coletiva, um movimento direcionado em prol de organizar a sociedade civil para os assuntos políticos, não de maneira ampla. Essas mudanças talvez tenham ocorrido por uma série de fatores. Algumas medidas políticas como, por exemplo, o boato que corre, é que a UNE é patrocinada pelo governo, o que não lhe permite ter a força de outrora. Os sindicatos que conseguiram produzir um presidente, e alguns representantes no legislativo, hoje não tem mais a força que mostraram no passado, suas ações não ganham repercussão, como ganhavam à tempos atrás, a verba destinadas a eles na contribuição sindical é uma grande dúvida de todo trabalhador, e a maioria das empresas consegue “calar” essas organizações. Percebo também um controle intenso do governo no que deve ser direcionado as crianças nas escolas, enquanto vendem Tiradentes como salvador, em analogia física de Jesus Cristo, enquanto nossas crianças nunca ouviram falar em Zumbi, Carlos Prestes, Zapata, Santino, Antonio Conselheiro, etc, pelo menos não nas escolas públicas. Privaram de nossas crianças o conhecimento vasto às raízes revolucionárias, embora incipientes de nosso povo ou de nossa sociedade. Dessa maneira, não creio muito nessa geração atual, e que ela possa mudar o status quo da sociedade, os movimentos ainda são pequenos e dispersos. Para os movimentos serem contundentes, eles têm que ser homogêneo e mobilizar muitas pessoas, uma unicidade nesse momento seria o ideal, para lutar contra todos esses problemas do mundo hoje, que talvez nem todos percebam, mas são graves. Em uma visão Arendtiana a interferência do mundo dos negócios dificultou a ação, ou seja, houve uma decadência do mundo político, houve um afastamento da sociedade nesses interesses, muito embora não possamos generalizar. Enquanto isso, somos pressionados pelos poderes que nos dominam, e se tornam cada vez mais fortes, como: o poder econômico, político, coercitivo e simbólico, os três primeiros ligados ao Estado, e o último atrelado ao papel da cultura de mídia. Enquanto isso o Estado fica nos vendendo a democracia fajuta do voto, que se fosse democracia não seria obrigatório. Assim segue a humanidade "a passos de formiga e sem vontade", e a nossa "indignação é uma mosca sem asas, que não ultrapassa a janela de nossas casas", como musicou o Skank. Os grupos existentes de lutas são poucos e acredito não serem fortes a ponto de conter armas mais atreladas ao capital. Anonymous, MST, Greenpeace soam apenas como um eco no meio de um abismo, chamado mundo civilizado e capitalista.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Desinteresse dos jovens por carros preocupa montadora

A geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem Um recente artigo do The New York Times, da jornalista Amy Chozick, é mais uma prova de que os jovens mudaram. A geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem, superando antigos valores e necessidades de consumo que já não os convencem e, muito menos, os satisfazem. Uma dessas mudanças importantes está no modo com que os jovens se relacionam com a mobilidade. Há poucas décadas, o carro representava o ideal de liberdade para muitas gerações. Hoje, com ruas congestionadas, doenças respiratórias e falta de espaço para as pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé. Além do mais, “hoje Facebook, Twitter e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas. O preço alto da gasolina e as preocupações ambientais não ajudam em nada”, diz o artigo. Para entender esse movimento, o texto conta que a GM, uma das principais montadoras de automóvel do mundo, pediu ajuda à MTV Scratch, braço de pesquisa e relacionamento com jovens da emissora norte-americana. A ideia é desenvolver estratégias adaptadas à realidade dos carros e focadas no público jovem para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos anos – público que tem poder de compra calculado em 170 bilhões de dólares, segundo a empresa de pesquisa de mercado comScore. Porém, a situação não parece ser reversível. “Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores nascidos entre 1981 e 2000 – geração chamada de ‘millennials’ – a Scratch perguntou quais eram as suas 31 marcas preferidas. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10, ficando bem abaixo de empresas como Google e Nike”, diz o artigo. Além disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso a Internet a ter um carro, segundo dados da agência Gartner, também citados no texto do NY Times. O que parece é que os interesses e as preocupações mudaram e as agência de publicidade estão correndo para entendê-los e moldá-los, mais uma vez. Só que, agora, com o poder da informação na ponta dos dedos e o movimento da mudança nos próprios pés fica bem mais difícil acreditar que a nossa liberdade dependa de uma caixa metálica que desagrega e polui a nossa cidade. Jovens brasileiros preferem transporte público de qualidade Essa tendência de não-valorização do carro já foi apontada também pelos nossos jovens aqui no Brasil. A pesquisa O Sonho Brasileiro, produzida pela agência de pesquisa Box1824, questionou milhares de ‘millenials’ sobre sua relação com o país e o que esperavam para o futuro. As respostas, que podem ser acessadas na íntegra no site, mostram entusiasmo e vontade de transformação, especialmente, frente aos desafios sociais e urbanos como falta de educação e integração. A problemática do transporte público se repete nos comentários dos internautas no site da pesquisa, que mantém o espaço virtual aberto para todos que quiserem deixar sua contribuição de desejo de mudança para o local em que vivem. A maioria das pessoas que opina enxerga o carro como um vilão que polui e tira espaço da cidade e acredita que a solução está em investimento em transporte público de qualidade. Esse é o desejo dos jovens brasileiros que também já mudaram e agora estão sonhando, mas de olhos bem abertos para cuidar do mundo em que vivem. Fonte: http://www.mobilize.org.br/noticias/1838/desinteresse-dos-jovens-por-carros-preocupa-montadora.html

terça-feira, 10 de abril de 2012



Conseguiu aprontar-se mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária. Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim-de-semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta de saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tal alguém com alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim, não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente. Algum dedo nervosos apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertar Westclox e se deu conta de que sequer havia se levantado. Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. Tinha tudo cronometrado, desde o levantar-se até o retoque do batom e o perfumezinho final. Exploit da Atkinsons. Perfume quente. Mais ou menos quente. Esqueceu onde havia deixado o relógio de pulso . Perambulou nervosamente pela casa procurando-o. Atrasou alguns preciosos minutos. A mãe achou-o sobre a mesinha do telefone. Su colocou-o no pulso. Viu as horas. Havia conseguido aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia, pensou duas vezes. Vou ficar bonita mesmo só no sábado. Não havia tempo nem para o café. Cruzou em disparada a sala e o hall, em direção à porta de saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe, bolachinha disponível. Avançou a mão para a fechadura e assustou-se com o toque insistente da campainha. Algum dedo nervoso. O Westclox. Su acordou e deu-se conta mais uma vez da trágica e permanente verdade de que ainda não estava pronta(!) Levantou-se de um ímpeto. Correu ao banheiro, voltou do banheiro, vestiu-se com a roupa estrategicamente deixada sobre a cadeira na noite anterior. Ao sentar-se mais uma vez frente ao espelho, notou que, embora não tivesse ainda se pintado, o material de maquiagem já estava espalhado sobre a penteadeira. O batom aberto e usado, o Exploit desastradamente destampado, evaporando. O despertador tocou novamente. Ou tocou finalmente. E estava com toda corda, pois demorou a silenciar. Mesmo assim, Su andou pela casa toda, tentando desesperadamente acordar-se. Ocorreu afinal a idéia de pedir ajuda à mãe. Esta, envolvida pelos vapores da cozinha, mostrou-se compreensiva. Está bem, Su. Espere só um instantinho que eu vou lá no quarto te acordar.

Silvio Fiorani


Sopa, Pipa e o AI-5 Digital
O início de 2012 foi marcado por uma guerra que eclodiu no mundo virtual, em virtude da tramitação no congresso americano dos projetos SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect Intellectual Property Act), esses projetos mudariam totalmente a internet como conhecemos hoje. Em paralelo algumas providências foram tomadas pelo FBI como a prisão de Kim Schmitz, criador do Megaupload, programa para baixar arquivos na internet. Há boato na internet que o Megaupload iria difundir uma campanha junto a artistas renomados em prol de uma difusão de cultura mais justa, por esse motivo ele teria sido preso, mas nada confirmado.
Diante dessas questões alguns sites fizeram uma espécie de protesto na internet, deixando seus sites fora do ar por um dia no intuito de se rebelar contra esses projetos, grandes sites como: Google, Wikipedia, Word Press, etc. Diante do protesto, o projeto foi adiado, mas ainda continuam vivos no congresso, esperando um “cochilo” para serem votados.
A anonymous, grupo revolucionário de hackers fez inúmeras ações de represália ao projeto e a prisão do criador do Megaupload, questionando algo que a internet sempre se propôs: dar liberdade a todos, acima de tudo, compartilhar conteúdo e disseminar informações com maior agilidade.
No Brasil, existe há certo tempo um projeto de lei parecido, denominado o AI-5 Digital, em analogia ao ato institucional nº 5 que oficializou a ditadura no Brasil. Esse projeto do excelentíssimo ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, tem o mesmo intuito do projeto americano, restringir o uso da grande rede. O projeto tupiniquim ainda não saiu do papel, mas é necessário ficarmos em alerta.
Esses projetos citados acima tem um só intuito, beneficiar as grandes corporações que sempre viveram da disseminação de conteúdo cultural, que controlam a cultura no mundo, como a Universal, Warner Bros, Disney e outras. A partir do momento que a internet deu oportunidade para disseminar o conteúdo produzido por elas, gratuitamente, as empresas começaram a sentir no bolso os prejuízos, o dinheiro começou a correr pelo ralo, e ai entra as manipulações políticas em prol da retomada desse prejuízo.
O que isso significa? Puro jogo de interesse, uma nova ditadura, marcado para beneficiar apenas as grandes corporações, que contam com apoio político e das grandes veiculadoras de informação. Haja vista, como as notícias são dadas pelos meios de comunicação massiva em seus telejornais. Exemplo, acompanhando o Jornal Nacional no sábado, dia 21 passado, e uma das matérias do jornal era: Veja os prejuízos de comprar um produto pirateado. Matéria tendenciosa ou não?
As grandes corporações tem que entender que o mundo mudou, a maneira de produzir cultura mudou, não podemos aceitar essa imposição provocada para beneficiar apenas os figurões da cultura. As corporações tem que ter consciência e articular novas maneiras de se produzir cultura. Não jogar suas pedras e culpar a pirataria por seus prejuízos, ao invés de cobrar preços justos à arte que são distribuídas pelas mesmas.
A partir disso, temos que tomar cuidado, principalmente aqui no Brasil com o projeto AI-5 Digital, reiterando, formulada pelo Senador Eduardo Azeredo, guarde esse nome para as próximas eleições. Vamos ficar ligados, pois esses projetos são uma afronta à democracia digital que conquistamos com muito custo, depois de séculos de repressão. 

quinta-feira, 8 de março de 2012


"Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." 
 "Às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda." Clarice Lispector

quarta-feira, 7 de março de 2012

Poema de Martin Niemoller


Primeiro levaram os judeus,
Mas não falei, por não ser judeu.
Depois, perseguiram os comunistas,
Nada disse então, por não ser comunista,
Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.
Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.
Então, um dia, vieram buscar-me.
Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.

Quero um político

Quero um político...
Quero um político que cumpra suas promessas de campanha;
Que cumpre os objetivos com o qual o Estado foi criado;
Que difunda a igualdade social;
Que me dê educação ao invés de presídio;
Que tenha responsabilidade social;
Que respeite a natureza, e não faça dela uma fonte de recurso inapropriado;
Que invista em educação, através da remuneração digna ao professor, e tome medidas para dar estrutura para os alunos;
Quero um político que ouço o povo e brigue por ele e não por seus interesses particulares;
Quero um político que invista para o crescimento empreendedor;
Quero um político que retire os mendigos das ruas e lhe dê garantia justa de vida;
Quero um político que invista nos artistas locais;
Quero um político que invista em cultura;
Se enquadrar nessas qualidades terás meu voto, isso não é promessa, é sua obrigação.




Mestre Tyler Durden

Você abre a porta e entra

Esta dentro do seu coração

Imagine que a sua dor é uma bola de neve que vai curar você

Esta é sua vida

É a última gota para você

Melhor do que isso não pode ficar

Esta é sua vida

Que acaba um minuto por vez

Nem um retiro de fim de semana

De onde você estar não pode imaginar como será o fundo

Somente após uma desgraça conseguirá despertar

Somente depois de perder tudo, poderá fazer o que quiser

Nada é estático

Tudo é movimento

E tudo esta desmoronado

Esta é sua vida

Melhor do que isso não pode ficar

E ela acaba um minuto por vez

Você não é ser bonito e admirável

Você é igual a decadência reflectida em tudo

Todos fazendo parte da mesma podridão

Somos o único lixo que canta e dança no mundo

Você não é sua conta bancaria

Nem as roubas que usa

Você não é o conteúdo de sua carteira

Você não é seu câncer de intestino

Você não é o carro que dirige

Você não é as suas malditas calças

Você precisa desistir

Você precisa saber que vai morrer um dia

Antes disso você é um inútil

Será que serei completo?

Será que nunca ficarei contente

Será que não vou me libertar das suas regras rígidas?

Será que não vou me libertar de sua arte inteligente?

Será que não vou me libertar do pecado e do perfeccionismo

Digo: você precisa desistir

Digo: evolua mesmo se você desmoronar por dentro

Esta é sua vida, melhor que isso não pode ficar

E ela acaba um minuto por vez

Você precisa desistir

Estou avisando que terá sua chance."

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A corrente “V”

Conheci o filme “V de vendetta” em 2005, assim que o mesmo saiu, não conheci a versão em HQ, apenas o longa metragem. Fiquei alucinado. O modo de falar do personagem, a ideologia e a identificação com o sistema atual que vivemos me fez pensar e acreditar que às ideias do personagem fosse a ideal para o mundo de hoje. Em síntese, o personagem queria destruir o parlamento inglês, com uma revolta popular. O idealismo do filme me surpreendeu, muito embora seja utópico.

Eis que surge na metade de 2011 um movimento contra o Wall Street, aproveitando a crise mundial os manifestantes utilizavam a máscara do “V” que é o rosto de um revolucionário chamado Guy Fawkes, que lutou no século XVII contra o governo inglês. O movimento me chamou muita atenção, principalmente quando comecei a pesquisar sobre o assunto.

Hoje, esse grupo se identifica na rede como “Anonymous”, o nome quer dizer anônimos e ficou conhecido na mídia por ataques de “hackitivismo”, ou seja, ataques a sites importantes, como FBI, do cantor Justin Bieber e Paula Fernandes. Os princípios da Anonymous colhidas no site deles são:

- Sem personalidade jurídica: o movimento não é legalmente constituído. É um organismo de consciência global, uma idéia, intangível;

- É um movimento social, não um grupo: o objetivo deste movimento é a união da espécie humana. A definição comum de grupo remete a exclusões;

- Sem fins lucrativos: atividades com fins lucrativos não são relevantes;

- Globalmente humano: não reconhece estados, nações, qualquer restrição geográfica ou outras, como etnia e cor de pele;

- Interdependente: a qualidade de vida, saúde e felicidade de cada um é direta e indiretamente relacionada ao modo de todos serem, sem exceções;

- Cooperativo: promove a cooperação global mútua porque é mais eficiente e prazerosa do que a competição social;

- Pacífico: sustenta uma sociedade sem violência física ou psicológica;

- Generalista: as coisas não podem ser plenamente compreendidas se reduzidas. O ambiente influencia intrinsecamente cada organismo individual. Como resultado, tudo está interconectado em todos os níveis, formando um só sistema abrangente. Esta abrangência é chamada de natureza;

- Unificador: procura integrar todos os esforços sociais que atualmente lidam apenas com os sintomas (como violência, atropelamentos, pobreza etc.), de modo a focar na causa comum. Esta causa são os valores sociais obsoletos, como competição, propriedade de recursos e métodos pseudocientíficos. A economia monetária é o principal sintoma da aplicação destes valores e métodos. Uma mudança profunda na consciência pessoal necessariamente implica em unificação global, e vice-versa;

- Horizontal: líderes e hierarquias são irrelevantes, uma vez que a ação é baseada em critérios técnicos objetivos (o método científico), na medida do possível. Ou seja, procura-se não tomar decisões subjetivas, mas chegar a conclusões objetivas. Existe uma vanguarda com experiência que sabe que liderança é uma necessidade momentânea, são ideias e não pessoas que fazem a diferença;

- Descentralizado: qualquer organização regional ou time é a sede do movimento, e nenhuma prevalece sobre as demais. De fato, fundamentalmente, toda a Terra é sua sede;
 
- Transparente e aberto: as informações e atividades do movimento são públicas. De fato, a participação de todos é encorajada, pois trata-se de assuntos do interesse de todos;

Os princípios partem de uma saturação do modo de vida atual, baseado num sistema econômico que não satisfaz a maioria da população e considero necessário colocar essas discussões em pauta para que haja mudanças importantes e tenhamos um mundo mais justo, mesmo que seja utópico, eu acredito em sonhos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Massa falida

Eu confesso já estou cansado de ser enganado com tanto cinismo 
Não sou parte integrante do crime e o próprio regime nos leva ao abismo.
Se alcançamos as margens do incerto foram as decretos da incompetência
Falam tanto sem nada de novo e levam o povo a grande falência!
Não aborte os seus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia!
Os camuflados e samaritanos nos estão levando a fatalidade,
Ignorando o holocausto da fome, tirando do homem a prioridade.
O operário do lucro expoente e a parte excedente não lhe é revertida,
Se aderirmos os jogos políticos seremos síndicos da Massa falida!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O BBB e seus capítulos mórbidos

Não tenho afeto pelo Big Brother Brasil, desde a primeira edição (única que acompanhei de longe) não criei vínculo com tal produto. Falando em produto, é a característica principal dele, tirar a Rede Globo do vermelho que ela atravessa no fim de cada ano, através desse produto a empresa angaria um alto lucro com "merchan" que irá lhe garantir uma boa grana.

O que me assusta ainda mais são os capítulos mórbidos que carrega as páginas da internet, por meio das redes sociais, e inevitavelmente ficamos sabendo do que está acontecendo por dentro desse laboratório de cobaias humanas. Chamo "cobaias" porque para ficar trancafiado em uma casa sobre olhares atentos de pessoas passivas e inertes:


Meditação Transcendental 
para meditar, 
o homus modernus ocidentalis 
cruza as pernas 
deixa as costas eretas 
os braços relaxados 
concentra a atenção num ponto 
e, assim imóvel em 
pensamento e ação, 
liga a televisão. 
(Ulisses Tavares)

Para completar mais um capítulo trágico do programa, o caso do "estupro" gerou uma revolta seguido de muitos protestos no "muro de lamentações" chamado internet. A minha opinião é que esse programa tem que sucumbir, quem sabe esse episódio não ajude para afastar os patrocinadores e poupo dos meus netos tal produto cultural tão infeliz e de discurso vazio. 

Análise da teoria crítica

Análise da teoria crítica