terça-feira, 10 de abril de 2012


Sopa, Pipa e o AI-5 Digital
O início de 2012 foi marcado por uma guerra que eclodiu no mundo virtual, em virtude da tramitação no congresso americano dos projetos SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect Intellectual Property Act), esses projetos mudariam totalmente a internet como conhecemos hoje. Em paralelo algumas providências foram tomadas pelo FBI como a prisão de Kim Schmitz, criador do Megaupload, programa para baixar arquivos na internet. Há boato na internet que o Megaupload iria difundir uma campanha junto a artistas renomados em prol de uma difusão de cultura mais justa, por esse motivo ele teria sido preso, mas nada confirmado.
Diante dessas questões alguns sites fizeram uma espécie de protesto na internet, deixando seus sites fora do ar por um dia no intuito de se rebelar contra esses projetos, grandes sites como: Google, Wikipedia, Word Press, etc. Diante do protesto, o projeto foi adiado, mas ainda continuam vivos no congresso, esperando um “cochilo” para serem votados.
A anonymous, grupo revolucionário de hackers fez inúmeras ações de represália ao projeto e a prisão do criador do Megaupload, questionando algo que a internet sempre se propôs: dar liberdade a todos, acima de tudo, compartilhar conteúdo e disseminar informações com maior agilidade.
No Brasil, existe há certo tempo um projeto de lei parecido, denominado o AI-5 Digital, em analogia ao ato institucional nº 5 que oficializou a ditadura no Brasil. Esse projeto do excelentíssimo ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo, tem o mesmo intuito do projeto americano, restringir o uso da grande rede. O projeto tupiniquim ainda não saiu do papel, mas é necessário ficarmos em alerta.
Esses projetos citados acima tem um só intuito, beneficiar as grandes corporações que sempre viveram da disseminação de conteúdo cultural, que controlam a cultura no mundo, como a Universal, Warner Bros, Disney e outras. A partir do momento que a internet deu oportunidade para disseminar o conteúdo produzido por elas, gratuitamente, as empresas começaram a sentir no bolso os prejuízos, o dinheiro começou a correr pelo ralo, e ai entra as manipulações políticas em prol da retomada desse prejuízo.
O que isso significa? Puro jogo de interesse, uma nova ditadura, marcado para beneficiar apenas as grandes corporações, que contam com apoio político e das grandes veiculadoras de informação. Haja vista, como as notícias são dadas pelos meios de comunicação massiva em seus telejornais. Exemplo, acompanhando o Jornal Nacional no sábado, dia 21 passado, e uma das matérias do jornal era: Veja os prejuízos de comprar um produto pirateado. Matéria tendenciosa ou não?
As grandes corporações tem que entender que o mundo mudou, a maneira de produzir cultura mudou, não podemos aceitar essa imposição provocada para beneficiar apenas os figurões da cultura. As corporações tem que ter consciência e articular novas maneiras de se produzir cultura. Não jogar suas pedras e culpar a pirataria por seus prejuízos, ao invés de cobrar preços justos à arte que são distribuídas pelas mesmas.
A partir disso, temos que tomar cuidado, principalmente aqui no Brasil com o projeto AI-5 Digital, reiterando, formulada pelo Senador Eduardo Azeredo, guarde esse nome para as próximas eleições. Vamos ficar ligados, pois esses projetos são uma afronta à democracia digital que conquistamos com muito custo, depois de séculos de repressão. 

quinta-feira, 8 de março de 2012


"Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." 
 "Às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda." Clarice Lispector

quarta-feira, 7 de março de 2012

Poema de Martin Niemoller


Primeiro levaram os judeus,
Mas não falei, por não ser judeu.
Depois, perseguiram os comunistas,
Nada disse então, por não ser comunista,
Em seguida, castigaram os sindicalistas
Decidi não falar, porque não sou sindicalista.
Mais tarde, foi a vez dos católicos,
Também me calei, por ser protestante.
Então, um dia, vieram buscar-me.
Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz,
Que, em meu nome, se fizesse ouvir.

Quero um político

Quero um político...
Quero um político que cumpra suas promessas de campanha;
Que cumpre os objetivos com o qual o Estado foi criado;
Que difunda a igualdade social;
Que me dê educação ao invés de presídio;
Que tenha responsabilidade social;
Que respeite a natureza, e não faça dela uma fonte de recurso inapropriado;
Que invista em educação, através da remuneração digna ao professor, e tome medidas para dar estrutura para os alunos;
Quero um político que ouço o povo e brigue por ele e não por seus interesses particulares;
Quero um político que invista para o crescimento empreendedor;
Quero um político que retire os mendigos das ruas e lhe dê garantia justa de vida;
Quero um político que invista nos artistas locais;
Quero um político que invista em cultura;
Se enquadrar nessas qualidades terás meu voto, isso não é promessa, é sua obrigação.




Mestre Tyler Durden

Você abre a porta e entra

Esta dentro do seu coração

Imagine que a sua dor é uma bola de neve que vai curar você

Esta é sua vida

É a última gota para você

Melhor do que isso não pode ficar

Esta é sua vida

Que acaba um minuto por vez

Nem um retiro de fim de semana

De onde você estar não pode imaginar como será o fundo

Somente após uma desgraça conseguirá despertar

Somente depois de perder tudo, poderá fazer o que quiser

Nada é estático

Tudo é movimento

E tudo esta desmoronado

Esta é sua vida

Melhor do que isso não pode ficar

E ela acaba um minuto por vez

Você não é ser bonito e admirável

Você é igual a decadência reflectida em tudo

Todos fazendo parte da mesma podridão

Somos o único lixo que canta e dança no mundo

Você não é sua conta bancaria

Nem as roubas que usa

Você não é o conteúdo de sua carteira

Você não é seu câncer de intestino

Você não é o carro que dirige

Você não é as suas malditas calças

Você precisa desistir

Você precisa saber que vai morrer um dia

Antes disso você é um inútil

Será que serei completo?

Será que nunca ficarei contente

Será que não vou me libertar das suas regras rígidas?

Será que não vou me libertar de sua arte inteligente?

Será que não vou me libertar do pecado e do perfeccionismo

Digo: você precisa desistir

Digo: evolua mesmo se você desmoronar por dentro

Esta é sua vida, melhor que isso não pode ficar

E ela acaba um minuto por vez

Você precisa desistir

Estou avisando que terá sua chance."

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A corrente “V”

Conheci o filme “V de vendetta” em 2005, assim que o mesmo saiu, não conheci a versão em HQ, apenas o longa metragem. Fiquei alucinado. O modo de falar do personagem, a ideologia e a identificação com o sistema atual que vivemos me fez pensar e acreditar que às ideias do personagem fosse a ideal para o mundo de hoje. Em síntese, o personagem queria destruir o parlamento inglês, com uma revolta popular. O idealismo do filme me surpreendeu, muito embora seja utópico.

Eis que surge na metade de 2011 um movimento contra o Wall Street, aproveitando a crise mundial os manifestantes utilizavam a máscara do “V” que é o rosto de um revolucionário chamado Guy Fawkes, que lutou no século XVII contra o governo inglês. O movimento me chamou muita atenção, principalmente quando comecei a pesquisar sobre o assunto.

Hoje, esse grupo se identifica na rede como “Anonymous”, o nome quer dizer anônimos e ficou conhecido na mídia por ataques de “hackitivismo”, ou seja, ataques a sites importantes, como FBI, do cantor Justin Bieber e Paula Fernandes. Os princípios da Anonymous colhidas no site deles são:

- Sem personalidade jurídica: o movimento não é legalmente constituído. É um organismo de consciência global, uma idéia, intangível;

- É um movimento social, não um grupo: o objetivo deste movimento é a união da espécie humana. A definição comum de grupo remete a exclusões;

- Sem fins lucrativos: atividades com fins lucrativos não são relevantes;

- Globalmente humano: não reconhece estados, nações, qualquer restrição geográfica ou outras, como etnia e cor de pele;

- Interdependente: a qualidade de vida, saúde e felicidade de cada um é direta e indiretamente relacionada ao modo de todos serem, sem exceções;

- Cooperativo: promove a cooperação global mútua porque é mais eficiente e prazerosa do que a competição social;

- Pacífico: sustenta uma sociedade sem violência física ou psicológica;

- Generalista: as coisas não podem ser plenamente compreendidas se reduzidas. O ambiente influencia intrinsecamente cada organismo individual. Como resultado, tudo está interconectado em todos os níveis, formando um só sistema abrangente. Esta abrangência é chamada de natureza;

- Unificador: procura integrar todos os esforços sociais que atualmente lidam apenas com os sintomas (como violência, atropelamentos, pobreza etc.), de modo a focar na causa comum. Esta causa são os valores sociais obsoletos, como competição, propriedade de recursos e métodos pseudocientíficos. A economia monetária é o principal sintoma da aplicação destes valores e métodos. Uma mudança profunda na consciência pessoal necessariamente implica em unificação global, e vice-versa;

- Horizontal: líderes e hierarquias são irrelevantes, uma vez que a ação é baseada em critérios técnicos objetivos (o método científico), na medida do possível. Ou seja, procura-se não tomar decisões subjetivas, mas chegar a conclusões objetivas. Existe uma vanguarda com experiência que sabe que liderança é uma necessidade momentânea, são ideias e não pessoas que fazem a diferença;

- Descentralizado: qualquer organização regional ou time é a sede do movimento, e nenhuma prevalece sobre as demais. De fato, fundamentalmente, toda a Terra é sua sede;
 
- Transparente e aberto: as informações e atividades do movimento são públicas. De fato, a participação de todos é encorajada, pois trata-se de assuntos do interesse de todos;

Os princípios partem de uma saturação do modo de vida atual, baseado num sistema econômico que não satisfaz a maioria da população e considero necessário colocar essas discussões em pauta para que haja mudanças importantes e tenhamos um mundo mais justo, mesmo que seja utópico, eu acredito em sonhos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Massa falida

Eu confesso já estou cansado de ser enganado com tanto cinismo 
Não sou parte integrante do crime e o próprio regime nos leva ao abismo.
Se alcançamos as margens do incerto foram as decretos da incompetência
Falam tanto sem nada de novo e levam o povo a grande falência!
Não aborte os seus ideais
No ventre da covardia
Vá a luta empunhando a verdade
Que a liberdade não é utopia!
Os camuflados e samaritanos nos estão levando a fatalidade,
Ignorando o holocausto da fome, tirando do homem a prioridade.
O operário do lucro expoente e a parte excedente não lhe é revertida,
Se aderirmos os jogos políticos seremos síndicos da Massa falida!