segunda-feira, 25 de março de 2013

Torre de Babel


Os rostos se misturam aos restos
De comida, de lixo, de dinheiro,
De polícia, de pessoas.
Os rostos se diluem no concreto
Os sinos já não tocam mais
São sobrepostos pelo rugido
Do monstro de concreto
Hospedado na selva de pedra
Esse mar de gente miscigenado
Uma multidão de descontentes
Mas há os contentes também
Vitrines iluminadas decoram
E satisfazem as almas
Os olhos de babilônia vigiam seus gados
Um toten central e os arranhas céus
Convergem as pessoas na manhã
Divergem os corpos cansados a noite
Feito zumbis
Dependurados em caixas ambulantes
Ou remoídos em uma minhoca de metal
Ou talvez nos carros de passeios.

 Antonio Benvindo

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