O que me assusta ainda mais são os capítulos mórbidos que carrega as páginas da internet, por meio das redes sociais, e inevitavelmente ficamos sabendo do que está acontecendo por dentro desse laboratório de cobaias humanas. Chamo "cobaias" porque para ficar trancafiado em uma casa sobre olhares atentos de pessoas passivas e inertes:
Segundo Milton Santos, a internet é meio que deu voz aos desfavorecidos, a outra globalização como ele cita. Aqui está minha ferramenta para debater os assuntos que considero inerentes ao nosso cotidiano como: Política,Cultura e a Sociedade de uma maneira geral.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O BBB e seus capítulos mórbidos
O que me assusta ainda mais são os capítulos mórbidos que carrega as páginas da internet, por meio das redes sociais, e inevitavelmente ficamos sabendo do que está acontecendo por dentro desse laboratório de cobaias humanas. Chamo "cobaias" porque para ficar trancafiado em uma casa sobre olhares atentos de pessoas passivas e inertes:
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A publicidade e a beleza mercantil
Conforme Ortiz (2005), inúmeros universos simbólicos ordenam a história dos homens. Podemos, com isso, afirmar que a publicidade é um universo simbólico, "uma memória que é partilhada pelos indivíduos que compõem a coletividade" (ORTIZ, 2005, p.135).
As imagens possuem função epistêmica, função simbólica, que dá acesso a um significado e a uma estética, produzindo assim, sensações e emoções no espectador, que reconhece um signo "veiculado pela escola e pela mídia, sem conhecê-lo propriamente" (ORTIZ, 2006, p. 187).
Hoje o ideal a ser seguido é o do corpo (magro e malhado, barriga "seca", coxas definidas e duras e seios firmes) apresentado e consolidado pela publicidade através das inúmeras ferramentas da mídia. As normas estéticas fizeram da mulher uma "escrava" da beleza, assim os produtos de beleza fornecem a solução para um corpo fragmentado, propiciando elementos para inspirar um tipo de "mulher ornamental" (FREYRE, 1986, p.43).
O século XXI traz a obsessão por ser magra, por ter um corpo musculoso, perfeito, isento de qualquer descuido ou preguiça. A mulher deve ter um corpo plasticamente perfeito, à prova de velhice, um corpo que se torne, cada vez mais, um objeto de design. Assim, submete a mulher a uma ditadura consumista, cujo intuito, por vezes instiga as angústias do tempo ou mesmo ressaltando a mulher de maneira superficial e estereotipada.
A publicidade "dita" a sociedade de consumo, a beleza é mercantil, e o exemplo a ser seguido está nas representações das propagandas bombardeadas por todos os lados, através de produtos de beleza e saúde. Seguir esses padrões pode ser perigoso e até geram constrangimentos, como os inúmeros casos de anorexia ocorridos com modelos, sem contar os casos de preconceito gerados por essa exigência de um corpo esbelto e dentro de um padrão publicitário.
Segundo Lipovestsky a publicidade pode ser uma máquina destruidora das diferenças individuais e étnicas, poder de uniformização e de conformismo, instrumento de sujeição das mulheres às normas da aparência e da sedução, de todos os lados jorram críticas contra a publicidade na superfície leviana, impõe a supremacia dos cânones estéticos ocidentais.
O ser humano é o centro de si mesmo?
Desde o período em que viveu Socrátes até hoje, este é um questionamento constante que nos remete várias implicações. A partir do momento que o místico se separou da razão, por anos essa foi a linha de pensamento dos filósofos, até o momento da crise da razão o homem passou a ser o objeto de estudos, em virtude dos seus valores adquiridos e suas experiências vividas ele se tornou o centro de si.
Durante longos anos o homem dava explicação sobrenatural, a tudo aquilo que ele próprio não conseguia explicar, era o período místico. Com a difusão deste pensamento aos poucos foi surgindo a razão, da qual respondia a essas mesmas perguntas de forma racional, ao lado da razão outro pensamento forte o positivismo e o marxismo que vieram juntos com a economia e sociologia, estas linhas de pensamento, não tinha o homem como ser existente, mas como abstração, reduzido ao conhecimento objetivo, a existência, para Kierkegaard é "permeado de contradições que a razão é incapaz de solucionar", com esses pensamentos é que surge a nova linha de pensamento na qual o homem está acima de tudo.
A partir de um certo momento na história a razão é questionada, e criticada , o homem é obrigatoriamente estudado como o centro de si mesmo, ou seja, todas as explicações até sobrenaturais elas são explicadas através do próprio homem. "O conhecimento não passa de interpretação, de atribuição de sentidos, sem jamais ser uma explicação da realidade", disse Nietzsche explicando a alteração do papel da filosofia. Segundo o autor, as explicações são dadas através dos valores que cada ser humano adquire durante o percurso de sua vida.
Hoje se volta novamente há um período distante de nossa história, muito se procura acabar com a religião que é hoje o fator mítico, como tudo na vida um papel bom e um ruim. O bom é que consegue controlar muitos problemas, como uma violência maior, em virtude das pessoas acreditarem em serem julgados por um ser divino no futuro. O lado ruim é acreditar que por causa do capitalismo diferenciado, as religiões se tornaram fonte de renda para muitos aproveitadores. As pessoas volta e meia estão indo atrás na história e buscando explicações para os mistérios que não conseguem decifrar. Isso parte do pressuposto que não conseguimos encontrar explicações plausíveis aos mistérios que nos circundam.